sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Como censurar a censura


Dia 23/01/2010 o canal de televisão a cabo independente Radio Caracas Televisión Internacional (RCTV) teve seu sinal suspenso pelo governo da Venezuela. Segundo autoridades, o canal teria cometido infrações contra a atual (Chavista) legislação de transmissão de conteúdo audiovisual.

A atitude tomada pelo governo Chávez desencadeou inúmeras manifestações de entidades e órgãos internacionais, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA que disse ocorrer uma deterioração da liberdade de expressão (que liberdade?), e que a emissora “não teve direito a defesa no devido processo legal diante de uma autoridade imparcial”

A emissora é conhecidamente opositora do atual, e se deixar por um bom tempo, presidente do país, e foi à única emissora a não transmitir na integra o discurso do presidente, conhecido também por ser um dos mais monótonos e entediantes, mundialmente falando.

Relevando o tamanho do ego dos governistas, coloque-se desta maneira. O emblemático (para não dizer caricato) governante deixa a comunidade internacional sempre estupefata diante de suas atitudes, que embora possam a primeira vista diferirem e muito dos outros governos “normais”, nada mais são do que, a exteriorização da necessidade de controle.

Tal atitude deve ser atacada. Mas o mesmo acontece em diversos países, de forma amena e através de leis mal formuladas, ou formuladas com o intuito de favorecer alguns, como o projeto de lei 29/2007 em trâmite que estabelece além de restrições e obrigações, um sistema de cotas para programação de conteúdo nacional na TV por assinatura tupiniquim. (saiba mais no site criado pela ABTA)

Algumas atitudes podem parecer ditatoriais e decerto que algumas realmente o são, porém são apenas ações claras e a “portas abertas”. As respostas de grupos defensores dos direitos humanos também devem estar voltadas para as democracias “de verdade”, onde existem lobos maus muito piores, porque ainda estão com a roupa da vovozinha e prontos para devorar a liberdade de expressão.

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